Câncer de Próstata – 5 sintomas para ficar atento!
Sabe se que no Brasil o Câncer de Próstata é o tipo mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele não-melanoma, ocorrendo geralmente em homens mais velhos – cerca de 6 em cada 10 casos são diagnosticados em pacientes com mais de 65 anos. Em valores absolutos e tendo em conta ambos os sexos, trata-se do segundo tipo mais comum. A ocorrência é maior nos países desenvolvidos comparado com os países em desenvolvimento.
O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo incidem a partir dos 65 anos. Justifica se tal aumento nas taxas de ocorrência no Brasil pode ser em partes pela evolução dos meios de diagnósticos (exames), pela evolução na qualidade dos sistemas de informação bem como pelo aumento na expectativa de vida.
A próstata é uma glândula que só o homem possui localizada na parte baixa do abdômen. Trata-se de um órgão pequeno, tendo a forma de maçã e localiza-se logo abaixo da bexiga estando à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela é responsável pela produção parcial do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos (Metástase) podendo levar à morte. Na maioria dos casos, porém, cresce de forma lenta podendo levar cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ não dando indícios durante a vida e nem a ameaçando a saúde do homem.
Atenção: Todo o conteúdo aqui presente, não tem o carater de substituir a consulta médica, mas sim, de apoio. Procure sempre um médico Urologista de confiança.
Estatísticas sobre o câncer de próstata
Estima-se que diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e sendo que cerca de 3 milhões vivem com a doença. Nos anos de 2018/2019 foram descobertos mais 68.220 novos casos da doença, e mais 15 mortes por ano em decorrência deste tipo de câncer somente no Brasil. (Dados obtidos pelo INCA)
Fatores de risco
• Entre os fatores de risco para a doença, em primeiro lugar destaca se a idade elevada sendo um fator de risco importantíssimo, levando em conta que tanto a ocorrência quanto a mortalidade elevas se significativamente após os 50 anos.
• Fatores hereditários (pai ou irmão) com câncer de próstata antes dos 60 anos.
• Hábitos alimentares ou estilo de vida de risco.
• O excesso de gordura corporal acentua o risco de câncer de próstata avançado.
• Algumas profissões que envolvem produtos químicos, pois a exposições a aminas aromáticas muito comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio arsênio usado como conservante de madeira e como agrotóxico, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.
Sinais e sintomas
Em primeiro estágio, o câncer da próstata tem sua evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata que podem apresentar;
• Dificuldade de urinar
• Diminuição do jato de urina
• Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite
• Sangue na urina
• Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas. Em muitos casos, tais sintomas não são causados por câncer, mas lembrando, é importante que eles sejam investigados por um médico.
Diagnóstico precoce
No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).
Exames clínicos
Pode se diagnosticar um paciente com câncer da próstata realizando uma a combinação de dois exames:
• Dosagem de PSA: Trata se do exame de sangue que irá avalia a quantidade do antígeno prostático específico.
• Na grande maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico.
• Toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico palpar a próstata e analisar se há nódulos ou tecidos endurecidos (podendo indicar um possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.
Nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, podem ser necessários exames complementares como a biópsia sendo o único procedimento capaz de confirmar ou não o câncer. Neste exame são retiradas amostras do tecido da glândula para análise que é feita com auxílio da ultrassonografia. Em alguns casos pode haver desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes a realização do exame, existe ainda risco de infecção, que é facilmente resolvido com o uso de antibióticos.
Existem outros exames de imagem disponíveis que também podem ser solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea (para verificar se os ossos da região foram atingidos).
Como tratar
Quando a doença atingiu somente a próstata não tendo se espalhado para nenhum outro órgão, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante, podem ser realizados. Já em casos onde a doença encontra se localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática onde o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
Atenção: Todo o conteúdo aqui presente, não tem o carater de substituir a consulta médica, mas sim, de apoio. Procure sempre um médico Urologista de confiança.
Nos vemos no próximo artigo.